Voando Térmicas com Eficiência

ESCOLHENDO A MELHOR HORA PRA DECOLAR – Herik

Também como no vôo de lift, acertar o melhor horário pra se decolar começa observando-se o movimento da vegetação a medida que a térmica sobe o morro.

Quando decolando para o vôo de térmica, não se deve esperar que a térmica atinja a decolagem para se decolar.

Ao contrario, quando localizar uma térmica aparentemente adequada, decole ligeiramente antes que ela o alcance.

Esteja preparado para ser forcado pra fora da mesma quando adentra-la. Cronometrar os ciclos térmicos que passam pela decolagem ajudam-no a decolar no horário apropriado.

Existe um método ainda mais simples pra se decolar em vôo de térmicas. Infelizmente este método só pode ser utilizado em circunstâncias limitadas.

Se um piloto estiver voando à frente da decolagem e abaixo, e se ele estiver subindo e também se você calcula que pode chegar até ele, chegando por cima, garantindo a pegar aquela térmica.

Naturalmente você deve calcular o quão o piloto esta subindo pra evitar chegar por baixo e talvez por baixo da térmica.



LOCALIZANDO TÉRMICAS ADEQUADAS:

Utilize seu conhecimento de térmicas, poderes mentais, enfim, toda evidencia disponível para localizar as térmicas que irão te ajudar a atingir seus objetivos ascensionais.

DEDUÇÃO LÓGICA: Através de seus conhecimentos e experiência conclua onde achar as térmicas utilizáveis.

Entenda o máximo do processo de formação das térmicas, como são estruturadas, o que causa seu desprendimento, e como elas se transformam à medida que sobem e quando morrem.

Analise o melhor possível uma situação encontrada e deduza onde existe maior probabilidade de encontrar sustentação.

Pergunte-se: Onde estão os pontos de desprendimento? Onde existe ar quente sendo acumulado? ( Lembre-se, pontos de desprendimento são tão importantes quanto fontes de aquecimento, especialmente em dias de vento forte) Quão úmido esta o ar? Esta movendo-se? Em que direção e a que velocidade?

Suas respostas e alguma lógica te levarão às proximidades das térmicas. Quando quer que esteja numa térmica, procure focalizar o ponto de desprendimento que a produziu.

Se for capaz de localizar a fonte note sua posição relativa à ela, desta maneira será mais fácil localizar térmicas futuras partindo de pontos de desprendimento.

Continue verificando o quanto a térmica está sendo arrastada à medida que sobe, desta maneira também poderá checar para as futuras o quanto a térmica deriva com a altitude.

Sempre tenha em mente que os fatores que controlam a deriva também podem variar com o tempo, e térmicas mais fortes derivam menos que as mais fracas.

INDICADORES VISUAIS:

Às vezes você vera sinais que confirmam ou centralizem suas deduções lógicas.

Alguns sinais indicam térmicas se desprendendo. Por exemplo se você vê poeira, bandeiras, fumaça de fontes diferentes, convergindo para um mesmo lugar ao invés de derivarem com o vento, será muito provável que o ar esteja subindo neste ponto.

(Analogamente, se divergirem do ponto a probabilidade será que o ar acima esteja afundando).

Em áreas com vegetação, você poderá ver capim alto ou árvores movendo-se independentemente do vento, tal movimento deve indicar uma térmica desprendendo-se.

Infelizmente apenas percebemos esta movimentação a baixa altura.



ABOBADAS DE POEIRAS: Protuberâncias arredondadas no topo de camadas de inversão são provocadas por térmicas desprendendo-se.

Estas protuberâncias desaparecem rapidamente após o cessar da térmica, portanto eles são sinais virtuais de uma térmica existente.

Você identificara estas protuberâncias ou mesmo colunas térmicas mais facilmente através de óculos solares, tipo ( Eagle Eyes). Lentes verdes ou azuis dificultam esta visão.

NUVENS:

As fontes mais férteis para indicação de térmicas são as nuvens.

Elas são como grandes postes sinalizadores nos céus, assinalando sustentação muito confiável nos seus estágios de formação, um pouco menos quando amadurecem.

(Lembre-se existe um intervalo significante entre o desenvolvimento da térmica e da que ela produz).

Se estiver a alguma distancia de um grupo de nuvens, escolha a melhor com a base mais bem definida. Se você não identificar o estágio em que uma térmica está, use o tempo que gasta enroscando para determinar se ela esta formando-se ou desmanchando-se.

Se você estiver alto o suficiente escolha a nuvem com as bordas mais agudas e bem formadas dentre aquelas com a base muito grande em relação à abobada.

Em alturas mais baixas escolha a nuvem com base mais escura e curvada pra cima. Se quando aproximar-se da nuvem constatar que sua base esta convexa, a nuvem esta se desfazendo e você devera escolher outra.

Nuvens de tempestade com sua turbulência violenta, sucções poderosas e afundamentos fortíssimos devem ser evitados sempre.

Nuvens de alto nível indicam escassez ou térmicas fracas. Procure térmicas a barlavento, sempre, num buraco azul em uma camada de estrato.

SINAIS:

Alguns sinais eliminam a necessidade de dedução lógica porque eles dão a evidencia concreta de onde a sustentação está, não onde ela deveria.

Térmicas fortes algumas vezes carregam folhas, poeira, pedaços de papel e outros fragmentos e tornam-se visíveis.

Em áreas que contem areia seca ou pó, formações fortes e turbulências assemelhando-se a pequenos tornados e comumente chamados Dust Devils, freqüentemente carregam partículas quando sobem, criando uma sustentação visível. Dust Devils são achados mais comumente perto do chão, embora tenha-se conhecimento de atingirem mais de 3000 mts do solo e sua ascendente prolonga-se consideravelmente mais alta.

A pressão do ar se reduz consideravelmente no centro de um Dust e uma turbulência extremamente forte pode existir ao longo da parede deste centro, principalmente perto do chão.

A ação de Dust Devils implicam numa montagem de asas muito seguras no chão.



Muitos pilotos aprenderam esta lição da maneira mais dura: assistindo um Dust destruir sua asa.

Pilotos de planadores acreditam que a sustentação mais forte num Dust encontra-se fora do centro de poeira do Dust.

Um outro indicador visual é a fumaça, assinalando uma térmica fabricada pelo homem que pode ou não ser usada.

Fumaça também pode ser um indicador de térmicas se você ver uma fumaça repentinamente virando para barlavento uma térmica provavelmente passou nesta direção.

Finalmente se avistar outros usuários de térmicas (planadores, asas deltas, pássaros que não estejam batendo asas) circulando e ganhando altura, não existe duvida de onde esta a térmica.

Qualquer térmica usada por um planador é adequada para asas deltas, com rara excessão.

Um planador pode ganhar altura em térmicas marginais que são muito grandes e lentas para serem usadas por nos.

Entretanto, planadores raramente usam estas térmicas: com sua performance eles podem facilmente escolher melhores.

Pássaros em contraste podem usar térmicas que são muito pequenas para nos. Com sua capacidade para encontrar térmicas os pássaros são sempre ótimos guias.

TENDO ACESSO AO TAMANHO E A FORÇA DA TÉRMICA:

Suponha que você localizou uma térmica provavelmente perfeita, mas não tem idéia do quão grande ou forte ela pode ser.

Ou, imagine que você esteja voando e uma de suas asas repentinamente elevou-se, continue a voar reto e fique atento ao vario, conte ate 3 vagarosamente, se o vario continuar indicando ascendente, a térmica será suficiente para acomodá-lo.

(Contar ate três é um método bom pra quem esta iniciando-se no vôo, pilotos de competição usam a metade do tempo pra sentir uma térmica.

Com pratica, pilotos são capazes de reconhecer térmicas adequadas sem qualquer contagem), se o vario registra pelo menos a mínima quanto de ascendente que você decidiu utilizar, a térmica será suficientemente forte pra você.

ENTRANDO NA TÉRMICA:

Assuma que você tenha altura suficiente para circular, o próximo passo será entrar no ar ascendente oferecido pela térmica.

Esteja preparado para descendente ao redor da térmica e alguma turbulência nas bordas, voe nestas áreas o mais rápido possível.

Esteja preparado também para a levantada repentina do nariz da asa quando entrar na termal.

O método mais comum é o de virar 90 graus para o lado que a asa esta forçando. Se possível, entre na termal acima de pássaros, asas ou planadores.

Entrando por baixo você poderá se achar numa descendente sob uma térmica tipo bolha. É uma boa idéia praticar enroscar para os dois lados, nem sempre temos a opção de escolher um.



DICAS PARA ENTRAR EM UM DUST DEVIL:

Devido a freqüente e severa turbulência no desprendimento, Dusts devem ser evitados perto do solo.

Se você resolver entrar em um, certifique-se que tem altura suficiente para escapar da turbulência, se necessário, pelo menos 200 metros.

Dirija-se para um Dust como se fosse uma térmica. Determine seu sentido de rotação e entre no sentido contrario. Prepare-se para as “pauladas”.

VOANDO NA TÉRMICA:

Depois de entrar na térmica ou Dust Devil, concentre-se ao Maximo, para aproveitar toda a sustentação disponível.

Centre a ascendente.Logo que entrar na ascendente (e continuamente depois), procure posicionar-se de forma que o centro fique no meio de seus círculos.

Num Dust, circule contra a sua rotação. Quando o seu vario não mais registrar variações em um circulo completo, você centrou perfeitamente (isto ocorre raramente).

Existe inúmeros métodos para se centrar térmicas. Eles todos parecem excelentes na teoria, mas são difíceis de serem colocados em pratica.

Meu método… é o de continuar circulando simplesmente, variando o centro dos meus círculos, inclinando mais ou menos a asa sempre que eu suspeito que existem melhores sustentações.

Na pratica é mais ou menos assim: Incline a asa quando a ascendente decresce e nivele sempre que a ascendente cresce.

Se estiver voando em sustentação inclinada pelo vento, você precisara variar os círculos, aumentando a perna com vento de frente à medida em que sobe.

De outra forma, o vento e sua razão de afundamento combinar-se-ão, fazendo com que você saia atrás da termal. Se perder…

Perder uma termal é uma experiência comum. Se você não puder achar a termal depois de perdê-la, pode ser aquela já comentada térmica bolha que “subiu” acima de você. Ou pode ter derivado com o vento, procure-a novamente.



VOE NA VELOCIDADE CORRETA E ÂNGULO DE INCLINAÇÃO CORRETOS:

A melhor velocidade para se voar quando se enrosca uma termal, é a velocidade mínima da asa.

O melhor ângulo de inclinação é o Máximo horizontal. O centro da termal é onde existe a sustentação mais forte, portanto parece lógico voar nos círculos mais fechados para se manter o máximo dentro do centro. Entretanto, círculos mais apertados implicam em inclinações mais verticais, que por sua vez, implicam em afundamentos maiores.

Se o centro for significativamente mais forte que o resto da termal, círculos mais apertados são justificados apesar da ineficiência; se a diferença nas razoes de subida dentro da termal for menos drástica, voe em círculos mais largos para obter um melhor afundamento. Existe um ângulo de inclinação para cada térmica.

VERIFIQUE O GANHO ACUMULADO DE ALTURA:

Periodicamente cheque seu altímetro para ver o ganho acumulado de altura.

Em condições marginais, é inteiramente possível perder altura e não perceber, principalmente quando se esta longe de uma referencia visual.

SEMPRE TENHA UM POUCO EM MENTE:

Sempre que estiver no ar, certifique-se de que exista um pouso dentro de uma razão de planeio 2/1.

ABANDONANDO A TÉRMICA:

Antes de deixar a termal, tenha um plano para seu próximo passo.

Nunca espere chegar na base da nuvem para decidir para onde ir. Use o tempo perdido enrroscando, para ir analisando quais nuvens estão sendo formadas ou desmanchando-se .

Como regra geral deixe a termal quando sua razão de subida equivaler-se á razão de subida estimada para a próxima térmica.

Esteja sempre preparado para aumentar a velocidade quando for sair da térmica, pois devera atravessar a região da descendente o mais rápido possível, também prepare-se para a turbulência associada geralmente á saída da térmica.



RUAS DE TÉRMICAS ( CLOUD STREETS): Se você localizar uma rua de térmica e julgar conveniente voar na direção que ela segue, você só necessitara enroscar em sustentação, ocasionalmente se necessitar. Ao invés de enroscar, use a técnica do golfinho (dolphin flight). Vôo direto com aplicação de velocidades corretas, conforme a teoria das velocidades de vôo.

Se precisar voar diretamente através de uma serie de ruas de térmicas, circule nas ascendentes providas pelas térmicas e voe rapidamente através da descendente entre as ruas. Se for atravessar de uma rua pra outra, é mais eficiente cruzar num ângulo reto.

Herik Mauerberg

Parapente-Goias

YARIS-AZUL

http://hmauer.vilabol.uol.com.br/jaragua.htm

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