O trinômio perfeito: Piloto-Condição-Equipamento

O trinômio perfeito: Piloto-Condição-Equipamento. Por Sivuca

Piloto, Condição e Equipamento.

Naturalmente, cada um destes conjuntos possui seus sub-tópicos, mas trabalhando-os de forma isolada, facilita bastante o processo.

É preciso que o piloto tenha em mente que um item não funciona corretamente na ausência do outro.

Todos os três conjuntos se autocompletam como um só e correspondem ao principal pilar do vôo seguro.



Piloto Nível técnico

Procure estar absolutamente alerta de seu nível técnico com relação aos seguintes fatores: ·

As possíveis dificuldades de decolagem, vôo e pouso.

* As condições aerológicas do momento, de forma mais abrangente possível.

O piloto procura permanecer o maior tempo que for possível na rampa, chegando cedo, observando e avaliando o desarrolar da condição e procurando prever as possíveis alterações após sua decolagem.

É preciso saber se o horário, as condições do local, e de ventos (velocidade, direção, rajadas) que se pretende voar se encaixa na ca-pacitação técnica.

* Procure se certificar de que o equipamento que você está utilizando realmente se encontra adequado ao seu nível técnico naquele momento específico.

Muitos pilotos de competição não se sentem à vontade voando com seus equipamentos “de corrida” em um final de semana de descontração com os amigos e procuram usar equipamentos mais tranqüilos para o lazer.

O físico Certifique-se de que você está fisicamente preparado para voar.

Se você dormiu pouco, consumiu bebida alcoólica, ou drogas, provavelmente seus reflexos estão mais lentos.

A eficiência dos reflexos do piloto de parapente é determinante para sua segurança e correto julgamento, por isto, cuidado com as baladas.

Evite usar os dias em que você vai voar para afundar em noites mal-dormidas regadas a sexo, drogas e rock’n roll.

O psíquico Procure também ter certeza de que você está motivado para voar certificando-se de que o vôo que você pretende fazer diz respeito apenas ao seu prazer pessoal e nada mais, estando livre de interferências psico-sociais, como a pressão da galera, a família que veio te ver, a briga com o chefe, a conquista daquela noite ou as câmeras fotográficas.

Condição Tudo aquilo que diz respeito ao universo aerológico que o cerca, desde o estudo e observação das fotos de satélite, até o aprendizado da condição micrometeorológica.

Procure então, observar e conhecer em detalhes: A decolagem Forma (perfil) da montanha.

Quanto mais suave o relevo, mais suavemente o vento escoa pela montanha.

Esteja especialmente atento a rampas tipo falésia e também aquelas com um declive suave demais, onde somos obrigados a correr muito antes de conseguir decolar.

Estado da superfície.

Procure identificar e minimizar pedras, galhos e objetos que possam atrapalhar tanto a inflagem do parapente quanto sua corrida. Instalação do parapente.

Deve estar livre de interferências como o mencionado acima e ainda pessoas e veículos.

Caminho que você percorrerá ao efetuar a corrida da decolagem.

Procure caminhar pela sua pista de decolagem identificando buracos e outros possíveis obstáculos.

“Point of no return”. Identifique o ponto exato da decolagem, onde você dará seu último passo deixando o chão.

Lembre-se que dali em diante, você deverá estar vo-ando impreterivelmente.



O espaço aéreo Tráfego.

Verifique se não há muitos pilotos voando e se há espaço suficiente para todos.

Procure identificar o nível dos pilotos que estão voando e se aqueles eles não estão encontrando dificuldades com excesso de turbulência ou com o próprio tráfego, afinal nem sempre todo mundo respeita as regras de tráfego.

Algumas vezes é preferível não decolar ao ter de dividir espaço em um lift apertado com algum “espaçoso”.

A topografia. Alguns sítios de vôo possuem muito próximos da decolagem e dos locais normalmente sobrevoados pelos pilotos, torres de rádio, fios de alta-tensão, lagos e lagoas, muros, prédios, alterações drásticas no relevo e assim por diante.

Esteja especialmente ciente e alerta de todas estas difi-culdades.

A aproximação O pouso é inevitável, afinal a gravidade não se cansa nunca.

O piloto vivo, sempre procura ter ao menos uma idéia de onde poderá fazê-lo com segurança.

E para que seja assim, uma coisa é certamente necessária: determinar a área de aproximação.

Ela é onde o piloto irá conduzir seu parapente a perder altura até atingir um nível adequado para o planeio final e finalmente o toque ao solo.

Os tipos de aproximação (em grau de segurança) Em oitos (ou “S”)

O ideal seria que o piloto procurasse descrever oitos contra o vento, assim as evoluções são menores e mais suaves.

Ele vai perdendo altura e progressivamente diminuindo a amplitude até estar a cerca de um parapente do chão quando tirará uma reta chamada reta final.

Perna do vento Este pouso é aquele praticado por todos os aviões e em especial, pelas asas-delta.

Devido à velocidade que estas aeronaves se deslocam, os oitos ficam mais difíceis.

A aproximação por perna do vento é na verdade uma aproximação em “U”, onde o piloto voa ao longo da região do pouso com vento caudal, descrevendo duas curvas de 90º sendo que a última o coloca exatamente na reta final.

Também pode ser praticada pelo para-pente sendo mais usada fora do Brasil.

Tenho a impressão que os oitos ainda são mais saudáveis pois ao voar sempre contra o vento reduzimos o risco de erro.

A aproximação direta Normalmente, se um piloto faz a aproximação direta, podemos dizer que ele não fez nenhuma aproximação e deveria ter pousado antes.

Isto é mais comum quando o piloto chega muito baixo no local de aproximação e limita-se a tentar chegar no pouso.

Se estiver com vento de frente, ainda é aceitável, mas com vento de cauda… peguem suas câmeras!

Aproximação em 360o Uma variedade de aproximação que pode ser incluída na categoria “acrobacia”.

Funciona em locais extremamente pequenos mas demanda uma técnica altíssima por parte do piloto.



Muito arriscado.

Pouso Verifique a topografia do local, inclinação, tamanho, obstáculos, sem se esquecer de que alguns locais são proibidos para o pouso ou alguns terrenos possuem cães, bois ou outros bichos que podem não ser tão hospitaleiros.

Os tipos de pouso Naturalmente procuraremos pousar de pé.

Se isto não for possível, estaremos sujeitos a rolamento a fim de evitar o choque contra a coluna.

Vejo alguns pilotos usando o air-bag para pousar.

Se não tivermos problemas com as pernas, não vejo por que não usá-las.

Corremos o risco do equipamento não funcionar adequadamente e torcer um tornozelo me parece bem menos perigoso que uma compressão na coluna.

É bem mais seguro confiar em você mesmo do que ficar a mercê da sorte.

Podemos pousar de duas formas:

Pouso convencional Ao atingir cerca de dois metros de altura, o piloto aciona os freios progressiva e rapidamente até coincidir o toque no chão com o estol completo.

Este tipo de pouso funciona bem nos equipamentos saída de escola, mas dos intermediários em diante, poderemos encontrar problemas ao reduzir demais a velocidade.

A taxa de queda aumenta bastante e se não houver vento, o risco de tombo aumenta também.

O pouso com pêndulo A vantagem é que mesmo com vento zero ou até pouso de cauda, é possível atingir o solo numa velocidade próxima de zero.



Neste tipo de pouso, o piloto freia o parapente a uma altura razoável liberando os batoques e provocando um pêndulo.

Passa rasante pelo chão acionando novamente os freios estolando o equipamento e tocando o solo em seguida.

Certamente o piloto vivo terá treinado com antecedência, a mecânica do pêndulo para poder pousar desta forma.

O risco está no piloto fazer o pêndulo baixo demais e atingir o solo durante o mergulho.

Comece treinando mais alto e vá reduzindo a altura pro-gressivamente conforme melhora seu golpe de vista.

Resumindo:

Quando nos dirigimos ao local do pouso, precisamos tem sempre em mente que deve existir uma área de aproximação adequada para que possa-mos pousar com segurança.

O piloto irá então, identificar na seqüência:

1. Seu alvo – O ponto onde irá pousar.

2. A reta final – A distância onde o piloto fará seu planeio final.

3. A zona de aproximação – A extensão onde o piloto permanecerá perdendo altura.

4. O Plano “B” – A opção alternativa, caso a primeira não dê certo.

Equipamento Observe o correto posicionamento no solo.

Alguns pilotos ao fazer uma primeira tentativa frustrada de inflar seu parapente, tentam uma segunda vez a partir do local onde ele caiu, dificultando a decolagem.

Evite isto. Procure conhecer todas as características de decolagem e vôo de seu parapente.



Alguns inflam mais fácil que outros.

Nunca decole com um parapente novo sem antes experimentar algumas infladas e treinar um pouco de controle de solo.

Em vôo, procure saber as gamas de velocidade, taxa de queda e planeio de seu equipamento.

A sensibilidade aos comandos também varia de um equipamento para outro.

Os saída de escola sempre perdoam mais os erros dos pilotos.

Um curso SIV é uma excelente oportunidade de conhecer os extremos de seu equipamento para que fique mais fácil para você se situar em sua pilotagem.

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