Dicas para alcançar os céus – Herik Mauerberg

Em seguida vem a realização de que apenas o que te segura à vida são umas pequenas tiras de tecido.

Mas, ao experimentar esta sensação de mortalidade, passa-se a estar mais atento à vida tal qual ela é, e a dar valor ao simples facto de estar vivo e a aproveitar a vida ao máximo.

A ISTO CHAMA-SE VOAR.

Pela primeira vez em muitos meses, vive-se para recordar aquele primeiro momento, em que se vê a terra a diminuir abrindo perspectivas para um novo mundo de liberdade tridimensional.

Necessita-se de descolar o máximo de vezes possíveis para diminuir esta necessidade.



Em seguida, talvez tristemente, vai-se habituando a esta senção de abondonar a terra e voar livremente com asas.

Pois o olhar deixa de estar fixado na terra e pela primeira vez começa-se a ter noção diferente da vida.

Nesta segunda fase adquire-se uma maior consciência, à medida que se vão voando mais metros e a altitudes superiores, alterando a percepção da normalidade para sempre, deixando-a na terra.

A partir deste ponto é necessário ter cuidado, pois corre-se o risco de se ficar viciado indefenidamente, buscando sempre mais horas no ar.

Apenas a tomada da decisão de deixar esta droga ser libertada do sistema gradualmente através de abstinência absoluta pode reinverter a situação.

O fascinio de voar encontra-se no facto de que os desafios são constantes e trabalhosos.

Após a alegria da primeira hora de vôo segue-se a terceira fase.

Trata-se de uma extensão da fase percedente, onde o ego e a competição saudável entrão em cena, com o desejo de permanecer no ar o maior tempo possível.

A força de vontade e a persistência são a única forma de ultrapassar os limites.

Até ao ponto em que, um dia consegue-se fazer tudo certo e sobe-se a altitudes que nuca se julgou possível.

A terra parece lisa, as montanhas são meras linhas, o horizonte parece menor.

A partir daquí tem-se o poder de voar para onde se quiser.

As horas de vôo agora não significam muito à medida que se cruzam horizontes atrás de horizontes.

Esta é a quarta fase de voar e provavelmente a mais intensa, e a sonhada por todos aqueles que buscam as distâncias superiores a 300 Km.



Os locais áridos e sem relevo tornam-se paraísos.

Os “Dust devils” tornam-se elementos salvadores do vôo.

Nuvens ameaçadoras indicam o rota para o local onde existe ascendência.

Ventos suicidas são o bilhete para os primeiros vôos de 100, 200, 300 km.

Nesta fase goza-se o staus de heroi instantâneo ou partem-se ossos por erros cometidos.

Aprende-se a voar rápido, de uma forma mais eficaz, utilizando as melhores partes do dia, com melhores condições termicas, tomando decisões rápidas, não perdendo tempo ou voando conservadoramente, dependendo da situação.

Começa-se a estar em consonância com os elementos, e a avaliar instantâneamente as condições do dia logo após a descolagem e à medida que se sobe na primeira térmica.

Consegue-se determinar locais onde se poderá eventualmente subir, determinar aexistência de inversões sem olhar para os instrumentos, e institivamente tomar as decisões acertadas para voar mais longe, mais rápido e mais alto.

Pilotos com menos experiência avaliam esta fase como de pura exaltação e loucura.

Aqueles que a alcançam são tratados com o respeito que provavelmente merecem.

Com tanto que tiveram de aprender, alcançam a sintonia perfeita de evolução técnica e habilidade intuitiva.

Ambas se conjugam para proporcionar vôo magníficos, através de coisa simples como: dominar a melhor forma de curvar, ou arriscar apenas o necessário.

Será esta a ultima fase?

Está perto, mais ainda não é esta.

Combine-se todas estas qualidades e junte-se-lhe uma competição cronometrada, junte-se ainda uma mão cheia de habilidade táctica, perparação mental e percisão matemática, e temos a filosofia da competição na quinta fase.

Aqui as tácticas, a observação dos adversários e das condições são importantissimas.

Todos os sentidos tem de estar em alerta. Subitamente, como se se tivesse transmitido um sinal por toda a montanha, descolam sucessivamente os pilotos, ultrapassando-se e abrandando quando chegam ao topo da corrida, cautelosamente visualisam as leituras dos instrumentos, calculando o planeio final para a meta.

No momento exacto aceleram e chegam à meta com segundos de diferença, sem perderem mais do que o tempo necessário para cortar a linha final.



Nesta fase, a velocidade é a essência.

A velocidade resulta das decisões acertadas, técnica superior e controle absoluto.

Poucos conseguem atingir a perfeição nesta fase.

Inevitavelmente os que conseguem tornam-se campeões mundiais dos nossos tempos e alguns ainda atingem a sexta fase de voar.

Apenas um número reduzido de individuos estão incluidos na descrição seguinte.

Provavelmente não entram em competições, nem buscam recordes.

De qualquer forma eles voam de uma forma excepcional em qualquer tipo de condições.

Levantam-se, voam e mantém-se a voar livremente vôos incríveis em lugares fora de comum.

Para mim, esta é a fase suprema de voar.

Onde o piloto se coloca de parte, deixa o seu ego para tràs e voa pelo puro prazer de conseguir e calcancar um objectivo superior contra todas as probabilidades.

Normalmente voa em condições incrivelmente, nos dias mais inprováveis, sentindo ascendentes onde elas não deveriam estar, por vezes utilizando a única térmica do dia.

A sua intuição para voar é tão perfeita em resultado de anos de introspecção acerca da mesma pergunta simples: Como é que eu vou daqui para alí, na distância X, perferencialmente sem ter de ir a pé?

O elemento essencial desta fase é facilmente reconhecível: é a paixão de conquistar os céus, e a vontade de conquistar uma mortalidade diferente.

Existe contudo uma questão final: se ninguem viu o vôo e imaginar a impossibilidade do mesmo, a sensação e o prazer serão iguais quando se pousa?



O Corpo do piloto é a parte mais importante de seu equipamento de vôo portanto de muita atenção a ele, o resto, é absolutamente descartável”.

Herik Mauerberg

Parapente-Goias
YARIS-AZUL
http://hmauer.vilabol.uol.com.br/jaragua.html

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